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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 30 - Abril - 2000
Titulo: Pronta ação da URIHI/FUNASA consegue controlar surto de coqueluche em Auaris
Fonte: Boletim URIHI - Saúde Yanomami, n° 2

Um preocupante surto de coqueluche, produto da precária assistência no passado que resultou em baixa cobertura vacinal, grassou no início do ano em toda a região de Auaris, lotando o posto de atendimento de crianças em estado grave. A pronta ação da Urihi/Funasa, que mobilizou recursos humanos e materiais, conseguiu debelar já em março o surto, constatado em Auaris desde fins de dezembro de 1999.
O surto, que não extrapolou a região de Auaris, atingiu 189 crianças em seis das 26 malocas, tendo sido notificados também 42 casos na comunidade yekuana. Entre fevereiro e março, sete casos foram referidos à UTI em Boa Vista, sendo que duas crianças morreram devido a complicações causadas pela doença.

Medidas de controle

Segundo o médico da URIHI, Dr. Edson Sato, as medidas de controle empregadas foram a intensificação da campanha de vacinação já iniciada em dezembro de 1999 e a administração do antibiótico eritromicina para os doentes, bem como para aqueles que tiveram contato com os pacientes, visando ao bloqueio da transmissão da doença.

Sato ressaltou que a vacinação completa para a coqueluche exige quatro doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre cada aplicação, conferindo, nestes casos, uma proteção efetiva em cerca de 85% dos indivíduos vacinados. O médico lembrou que, além da baixa cobertura vacinal no início da epidemia, o modo de vida e moradia dos yanomami facilitam a disseminação da doença.

Cobertura vacinal

O trabalho realizado pela Urihi desde meados de dezembro passado tem detectado e tratado muitos casos de malária, tuberculose e doenças respiratórias agudas (Boletim No. 1 março de 2000). Uma das metas deste trabalho é ampliar a cobertura vacinal através de campanhas em todas as regiões sob a responsabilidade da Urihi. Em Auaris, a campanha de vacinação priorizou a coqueluche. A meta foi proteger mais de 90% da população suscetível (menores de sete anos) com a vacina.

Migração da Venezuela

Um agravante epidemiológico é a constante e descontrolada migração oriunda da Venezuela. A estreita faixa de território brasileiro onde fica Auaris é circundada pela Venezuela. Os migrantes da Venezuela apresentam sinais de total desassistência, chegando a Auaris doentes e desnutridos.

O palco da coqueluche

Chega a 1.700 pessoas a população indígena da região de Auaris, uma nesga de terra brasileira encravada na Venezuela. São 26 malocas yanomami (sanumá), mais uma comunidade da etnia yekuana, bastante diferenciada econômica e socialmente dos yanomami. A proximidade da Venezuela agrava a situação de saúde, devido à carência de serviços médicos para os índios no país vizinho, o que os motiva a passar para o território brasileiro em busca de assistência.

A malária, a pneumonia e a diarréia são os principais problemas de saúde da região. Tais problemas agravam-se com a desnutrição, resultado da alta incidência de doenças infecto-parasitárias, em especial a malária, que prejudicam as atividades de subsistência.

Os pacientes que chegam ao posto de atendimento de Auaris são, na maioria, jovens mães com recém-nascidos e outros filhos menores de cinco anos. Mães e filhos necessitam de atendimento: elas freqüentemente com malária, infecções respiratórias e dermatites causadas pelos farrapos que vestem e que nunca são lavados; as crianças quase sempre desnutridas, com verminoses, malária, pneumonia e, na ocasião, também coqueluche.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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