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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 1 - Setembro - 1998
Titulo: Epidemias afligem malocas Yanomami no Auaris
Fonte: Instituto Socioambiental

Desde janeiro, 47 índios já pereceram na região do posto Auris, no extremo norte da terra indígena

Surtos epidêmicos de broncopneumonia e malária vitimaram, até o início de setembro, 47 yanomami de várias malocas espalhadas pela região do Auaris, no extremo norte da Terra Indígena Yanomami, próximo à fronteira com a Venezuela. De acordo com informações obtidas de Boa Vista (RR), a lista de óbitos é crescente e há casos de mortes provocadas por desnutrição. Crianças com até cinco anos de vida compõem o maior número de vítimas.

No último dia 22, o ISA obteve cópia de uma lista de mortes registradas pelo Posto Indígena Auaris, que atende 19 comunidades yanomami (cerca de 760 índios), cerca de 10% da área indígena. A lista, preparada pelo próprio posto em 19 de agosto, relaciona os nomes de 39 mortos desde janeiro, trazendo dados adicionais como idade, causa mortis e a maloca que habitavam.

De acordo com o levantamento, 19 indivíduos morreram em conseqüência de broncopneumonia. Doze dessas vítimas tinham menos de de três anos de vida. Outros nove yanomami faleceram por terem contraído malária falciparum, a mais letal. A lista aponta ainda tuberculose, poliomielite, diarréia e desnutrição como causa mortis de alguns dos indivíduos. No último dia 10, pessoas que trabalham na áreas informaram, em uma reunião do Núcleo Insterinstitucional de Saúde Indígena, em Boa Vista (RR), que o número de falecimentos no Auaris havia subido para 43. Há duas semanas, 47 óbitos já haviam sido contabilizados na região.

De acordo com informes locais, o número de mortes deverá continuar ascendente por conta da ineficiência do atendimento prestado pelos órgãos federais. O atendimento às malocas yanomami do Auaris é feito por uma equipe da Fundação Nacional de Saúde (FNS) que, entretanto, opera com um número insuficiente de profissionais. Há fortes críticas também aos métodos empregados pela equipe de saúde, que em geral não aceita se deslocar até as malocas mais distantes para atender os doentes. Aos índios não resta outra escolha senão, mesmo debilitados, se deslocar horas ou dias através da mata para serem atendidos nos postos de saúde. Muitos perecem pelo caminho. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a falta de medicamentos contra doenças respiratórias agrava a situação. Até julho, 1.380 casos de malária haviam sido constatados na região.

A Funai, a quem cabe a vigilância da área, afirma que necessita de um helicóptero permanentemente disponível para prestar atendimento a malocas que distam centenas de quilômetros desde seu posto em Auaris. Um helicóptero vinha operando na região, mas a falta de critérios em sua utilização fez com que o contrato fosse rompido por exceder as horas de vôo contratadas. Além das duas entidades, operam na região um pelotão de fronteira do Exército e uma base da Missão Evangélica da Amazônia (Meva). De acordo com a Funai, a maior incidência de mortes ocorre em malocas distantes entre oito horas e alguns dias de caminhada desde a sede do posto. (ISA, 25/08/98)

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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