Selecione o Periodo:
De
   
Até
 

 



Clique e acesse o projeto Cartografia Yanomami
 
Clique e acesse !
 
Clique e acesse !

 

Pesquisa Geral
 

Brasília,     


.  

 

 

 


Untitled Document

Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 30 - Abril - 2000
Titulo: Fome e malária dizimam aldeia Yanomami na Venezuela
Fonte: Boletim URIHI - Saúde Yanomami, n° 2

A cena é semelhante a outras documentadas nos países mais pobres do planeta ou naqueles devastados pelas guerras mais cruéis. No entanto, as fotos foram feitas em território brasileiro, pelo médico Edson Sato, que trabalha para a URIHI - Saúde Yanomami, organismo não governamental, responsável pela prestação de serviços de saúde aos índios da etnia yanomami, em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Próximo a fronteira

As fotos mostram índios procedentes da aldeia Ximiriote, situada em território venezuelano, perto do rio Metacuni, na divisa com o Brasil. As duas índias adultas dizem chamar-se Saraojama Sanumá e Samalasoma. Ambas aparentam cerca de vinte e poucos anos. Elas chegaram ao posto de atendimento da Urihi/Funasa, localizado numa instalação da Funai, em Auaris, no extremo Norte de Roraima, acompanhadas de oito crianças entre nove anos de idade e um mês.

Para alcançar o posto, tiveram que andar cerca de quatro dias, em região montanhosa. Todos apresentavam desnutrição grave, anemia severa e malária. Três das crianças apresentavam também coqueluche complicada, e o recém-nascido sofria de diarréia infecciosa e broncopneumonia.

Através de um intérprete, contaram que eram os últimos sobreviventes da aldeia e que todos os outros habitantes haviam morrido de fome e malária. Não sabiam precisar o número de pessoas que viviam na aldeia. 

Todos foram removidos em vôo da Urihi/Funasa para Boa Vista, onde receberam tratamento mais especializado.

Rápida recuperação

Depois de duas semanas de tratamento na Casa do Índio, em Boa Vista, os índios já estavam bem recuperados da desnutrição e da malária. À família já está integrado o marido, Kapagai Santiago, que chegou posteriormente a Auaris.

Kapagai relatou que ainda havia quatro "tapiris" em Ximiriote, mas que "muitos morreram". Disse também que a mesma situação estava afetando uma outra aldeia próxima ao igarapé Washiri (também na Venezuela).

Ação da Urihi

A Urihi, que atua há apenas quatro meses nos Estados de Roraima e Amazonas, tem sob sua responsabilidade a prestação de assistência médica a cerca de 6.400 pessoas (53% da população yanomami no Brasil). A migração de yanomami residentes na Venezuela para território brasileiro, em busca de atenção médica, é um dos fatores que agravam as dificuldades já rotineiramente encontradas na prestação da assistência à população yanomami, nas áreas fronterisas à Venezuela.

Untitled Document
Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


  Para informações adicionais favor enviar

  e-mail para o escritório central da
  Comissão Pró-Yanomami no seguinte
  endereço:
   
  proyanomamibv@proyanomami.org.br
   

Comissão Pró-Yanomami © 2007
A comissão incentiva a veiculação dos textos desde citadas as fontes.