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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 30 - Março - 2001
Titulo: Sucesso no combate à malária e outras doenças na área de assistência da URIHI
Fonte: Jornal da URIHI - Saúde Yanomami, n° 5

A Malária e os Yanomami

A malária foi intensamente disseminada entre os índios Yanomami no final da década de 80, durante a “corrida do ouro” em Roraima. Na época, milhares de garimpeiros oriundos de regiões endêmicas de malária invadiram esta área indígena e muitos acabaram trazendo consigo a doença. Ao mesmo tempo, a mineração nos leitos dos rios produziu enormes crateras repletas de água favorecendo a reprodução do mosquito transmissor da doença.

Durante a década de 90, a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) enfrentou grandes dificuldades operacionais, na sua ação direta no combate à malária, e a incidência e a mortalidade por esta doença permaneceram extremamente altas. Nessa década, a malária foi a doença que mais mortes causou entre os Yanomami.

No final de 1999 a FUNASA convidou a URIHI para, juntos implementarem um programa de saúde capaz de enfrentar a grave situação da saúde dos Yanomami. Esta parceria deu certo e houve uma redução expressiva do número de casos de malária nas áreas assistidas diretamente pelas equipes da URIHI.

No início do trabalho da URIHI, em janeiro de 2000, o número total de casos diagnosticados chegou a 560. No final desse mesmo ano, ou seja, em dezembro de 2000, o número de casos identificados nesta mesma população foi 200, representando, portanto, uma redução de quase 65% no mesmo ano.

A estratégia da URIHI para o combate à malária se baseia na visita mensal de uma equipe de saúde a todas as comunidades Yanomami sob sua responsabilidade para o diagnóstico e o tratamento precoce e completo da doença. Além disso, está sendo feito o combate ao vetor nas áreas em que, apesar das visitas, a incidência da doença permanece alta. Outra linha de ação prioritária é a formação de microscopistas indígenas para colaborarem no diagnóstico da malária em suas aldeias.As equipes de saúde da URIHI fizeram ao todo 73.589 exames de sangue para a pesquisa da malária durante o ano de 2000, cerca de três vezes mais do que foi feito no anterior. Este dado reflete o grande empenho que estes profissionais de saúde estão tendo para resolver este grave problema de saúde dos índios.

Outras Doenças

As equipes da URIHI notificaram ao longo do ano 2000, um total de 26.240 casos de doenças.
A infecção respiratória aguda (IRA) foi a doença que teve a maior incidência nesta parcela da população Yanomami, sendo responsável por 41% do total das doenças notificadas. A IRA foi também responsável por cerca de 50% dos óbitos de causa conhecida, atingindo principalmente a população infantil. Desta maneira, com os resultados positivos no combate à malária, a IRA passa a ser a doença que oferece o maior risco à vida dos Yanomami e está sendo encarada como uma prioridade no programa de saúde da URIHI. Para a redução da mortalidade é fundamental o diagnóstico e o tratamento precoces das pneumonias bacterianas que ocorrem, em geral, como uma complicação das gripes.

Outra medida que deverá ter um impacto importante é a vacinação contra duas espécies de bactérias que são responsáveis pela maioria das pneumonias ( Pneumococo e Haemophilus influenzae) e contra o vírus Influenza. Estas vacinas irão proporcionar aos índios uma resistência maior frente às infecções respiratórias agudas.
Outras doenças de grande importância epidemiológica nesta população notificadas pela URIHI no ano 2000 foram a tuberculose (12 casos novos), cuja incidência na década de 90 foi cerca de 10 vezes a média nacional, a diarréia ( 1.391 casos), as doenças dermatológicas (3.381 casos) e as doenças sexualmente transmissíveis(DST).

Foram diagnosticados no ano 11 casos de DST (Surucucu:07, Homoxi:02 e Parafuri:02), doenças que foram introduzidas nestas regiões da área Yanomami, nos últimos 15 anos, em consequência do contato sexual com não- índios em suas terras.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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