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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Yanomami na Imprensa

Data: 18 - Fevereiro - 2002
Titulo: Deputado afirma que ONGs espalham discórdia em Boa Vista
Fonte: Folha de Boa Vista

Na avaliação do deputado estadual Gelb Pereira (PDT), os episódios vistos no Município do Uiramutã, que culminaram com a detenção do fotógrafo francês Antoine Juarez – por índios contrários ao CIR – e da prisão de jovens que faziam trilha na região, por aliados do CIR, fazem parte de uma estratégia das Ongs para espalhar a discórdia entre índios e não-índios.

Ele disse que, como na maioria dos demais estados brasileiros, os estrangeiros têm facilidade em transitar pelo país, até em áreas restritas aos nativos. Cita como exemplo a organização de seqüestradores e o poder que têm através das Organizações não-governamentais (Ongs) sobre as áreas indígenas.

“Estrangeiros entram com facilidade tanto na Raposa/Serra do Sol quanto na Yanomami. Soltaram o jornalista francês e seus equipamentos porque a Funai está a serviço de Ongs internacionais. No meu ponto de vista, isso visa a divisão da sociedade. A nossa sorte é que o povo brasileiro é manso. Se de repente alguém proibisse o Jacir (coordenador do CIR) de andar fora da área Raposa/Serra do Sol, estaria criado o clima de divisão entre a sociedade índia e não-índia”, argumentou o deputado estadual.

De acordo com Gelb Pereira, além da demarcação de áreas indígenas, o país perdeu o controle sobre outras questões. Disse que a violência grassa de ponta a ponta, as Ongs ganharam mais importância que os poderes constituídos, principalmente na Amazônia, decorrendo daí o descontrole.

“Não se entende como a Funai, um órgão de terceiro escalão, tem poderes para demarcar 4 milhões e 500 mil hectares no Planalto Goiano e no Pico da Neblina. Por trás dos movimentos indígenas por demarcação de terras estão as Ongs, interessadas em criar a divergência e evitar nosso desenvolvimento”, frisou.

“A saída seria mudar a Constituição, retirando poderes da Funai e passando para o Congresso Nacional. Se não for assim, perderemos o sentimento de cidadão e podem prosperar movimentos radicais para se contrapor a estas ações que vêm sendo praticadas com o consentimento do Governo Federal”, complementou Pereira.

Governo quer esclarecer prisões feitas em Uiramutã

Quando algum não-índio morador do Uiramutã vê um estrangeiro, pensa que ele está trabalhando para expulsá-lo de lá. Assim entende o governador Neudo Campos (PFL) sobre os episódios que culminaram com a prisão de um fotógrafo francês e de três jovens brasileiros que faziam trilha de Jeep nas proximidades de uma maloca.

“Vamos esclarecer os fatos e não há absolutamente nada contra qualquer comunidade indígena. Pode ter havido um desentendimento. Eu não sei nem que é este francês. Com relação aos brasileiros, para mim isso faz parte da política de criar o clima de confronto, arma que favorece aqueles que querem demarcar a área de forma contínua. Eles criam este clima exatamente para dizer que é impossível a convivência entre índios e não-índios. Como os índios não podem ser retirados, os não-índios terão que sair”.

Para se resolver a questão das áreas indígenas, o governador acredita que só se for levada a discussão ao Congresso Nacional. “Nós temos constatado que no Governo Federal, a quem compete fazer a demarcação das reservas, tem entidades favoráveis à demarcação de forma contínua, e outras que não querem desta forma. Por conta desta luta a questão fica indefinida e esta indefinição é uma espada pendente sobre o desenvolvimento de Roraima”, avaliou.

Neudo Campos destacou que no Congresso existem representantes de todos os segmentos da sociedade tornando o debate democrático. “Lá, poderia também ser questionado se um Estado pode ter para 7% de sua população 60% das suas terras. Ou por que todos os anos a Funai apresenta mais áreas para serem demarcadas, quando a população indígena não cresce na mesma proporção? No Congresso seria debatida a área contínua ou não e o problema, definido”.

INCRA – Com relação aos 10 milhões 826 mil hectares cadastrados em nome do Estado e sobre os quais existe uma ação do Incra contra o ato, Neudo Campos informou que a defesa foi feita e espera-se o pronunciamento da Justiça.

“Enquanto isso, continuamos a manter contatos com o Incra para resolvermos outros assuntos, mas estamos otimistas quanto à possibilidade de vencermos a ação, porque ela é justa. Afinal, Roraima é o único Estado da Federação que não tem suas terras. Pela Constituição de 1988, tudo seria feito nos mesmos moldes de Rondônia. E por que Rondônia tem suas terras, e Roraima não?”, questionou o governador.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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