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Notícias CCPY Urgente
Data: 30 - Abril - 2000
Titulo: Mudando a história da saúde Yanomami
Fonte:
CCPY - Comissão Pró-Yanomami, Boletim 2
A
maior equipe médica na história da assistência aos Yanomami está em plena atividade
na área. Esse é o principal resultado de convênio firmado entre a entidade Urihi
e a Fundação Nacional de Saúde – Funasa. São 119 profissionais em campo – fato
inédito - ,que nos primeiros 79 dias de trabalho, já realizaram 7.890 atendimentos
e mais de 12 mil lâminas para pesquisa de malária. Foram diagnosticados e tratados
1.812 casos de malária, 632 casos de pneumonia e 466 casos de diarréia.
Esse contingente
chega para reverter uma história de descaso do governo federal. De acordo com
dados da Urihi, entre os anos de 91 e 99, foram notificadas 1.390 mortes, principalmente
em crianças. A mortalidade infantil, nesse período, atingiu 138 por cada mil
habitantes, significando uma tragédia só comparável às piores regiões do continente
africano.
Esse convênio também
está possibilitando a ampliação do Programa de Treinamento de Microscopistas
da Urihi. A expectativa é a de treinar 11 Yanomami durante o ano, além dos cinco
já formados até agora, três pela Urihi e dois pelo antigo programa de saúde
da CCPY. Um novo curso deve começar em breve em Auaris. Um segundo curso está
em andamento em Balawaú e um terceiro está sendo proposto para o Demini. Os
estudantes treinados em 99 participaram da elaboração do Manual de Treinamento
Microcospista Yanomami, em português e no dialeto yanomae, junto ao antropólogo
Bruce Albert. O Manual está sendo traduzido para o dialeto xamatari pelo jornalista
e antropólogo Moisés Ramalho. É provável que haja ainda uma terceira versão
para o dialeto sanumá, a ser utilizado na região de Auaris.
(Os dados dessa matéria
foram retirados do Boletim Urihi – Saúde Yanomami – Kahiki Totihi – Volume 1,
Número 1, março/2000)
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Coordenação Editorial:
Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)
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