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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 31 - Maio - 2000
Titulo: PEI – Educando para a autonomia dos Yanomami
Fonte: CCPY - Comissão Pró-Yanomami, Boletim 3

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Um programa de edu­cação, inici­ado em julho de 1995, base­ado na diferenciação, intercul­tu­ralidade, bilingüismo e espe­cificidades, com o objetivo de promover a manutenção da au­to­nomia sócioeconô­mica e cultu­ral do povo Yanomami e, conse­qüentemente, habilitá-lo a li­dar com as políticas, ativida­des e ações dos “brancos”, que interferem na sua vida e em seus territórios. As­sim é o Pro­grama de Educação Intercul­tu­ral-PEI, coordenado pela CCPY, que atualmente en­volve cerca de 720 índios nas regiões do Demini, Toototobi e Parawau,al­cançá­veis só por via aérea, de avião mono­motor. O processo de alfabetização des­en­volve-se de modo interdisciplinar.

Português e matemática não são as únicas disciplinas ministradas pelo PEI. Geografia, história, saúde, educação ambiental e cidadania – conceitos, Estatuto dos Povos Indígenas e projeto de Lei 1610, sobre mineração em áreas indígenas – constituem a sua grade curricular. O português é ensinado como segunda língua. O programa também está formando professores Yanomami, com quem ficará a responsabilidade de prosseguir os cursos, futuramente.

Cinco professores, um coordenador e o consultor antropológico, Bruce Albert (IRD - ISA) formam a equipe da CCPY, que coordena o programa. Os microcopistas do programa de Saúde, promovido pela Urihi, também freqüentam os cursos intensivos de português do PEI. Eles ficam dois meses em área e um mês em Boa Vista, onde estão elaborando o material didático, que será utilizado nos próximos meses, na expansão do programa.

Aproximadamente 55 alunos constituíram a primeira turma, composta por jovens a partir de 10 anos, do Demini, em 1996. Quatro jovens do Toototobi e um do Parawau foram enviados ao programa, por decisão de uma assembléia dos antigos. Em 1997, esses cinco jovens tornaram-se os primeiros professores Yanomami do PEI, ao retornarem às suas malocas, iniciando o processo de alfabetização em suas aldeias. Nos 5 anos de existência do PEI, tivemos noventa e um jovens alfabetizados e seis cursos com os professores Yanomami foram realizados. Atualmente, quinze Yanomami estão participando do curso de formação de professores, freqüentando cursos intensivos de língua portuguesa no Centro de Treinamento da CCPY, em Boa Vista. Esses quinze Yanomami já estão ministrando o curso de alfabetização nas escolas das aldeias. Atividades de imersão cultural fazem parte desses cursos e se constituem de visitas a bibliotecas, prefeitura, aterro sanitário público, cadeia pública, cemitérios, Eletronorte, transmissoras de televisão e de rádio. Um curso de quinze dias sobre metodologias de alfabetização foi realizado, recentemente – no período de 22/4 a 10/5 -, e contou com a colaboração da pedagoga Cristina Troncarelli.

A CCPY está empenhada em expandir ao máximo o PEI, nos próximos meses, devido a proximidade do exame pelo Congresso Nacional do Estatuto dos Povos Indígenas e do PL-1610. Os yanomami devem estar preparados para enfrentar estes dois assuntos, especificamente, o mais breve possível. Em termos de exploração mineral, a área Yanomami é hoje a que tem o maior número de solicitações de empresas mineradoras junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral-DNPM.

Para atingir este objetivo, a coordenação do PEI está elaborando material didático em Yanomae, cuidadosamente adaptado à realidade Yanomami, que será distribuído nas aldeias. São cadernos de alfabetização, matemática, etnohistória, educação para a saúde, cadernos de leitura, etc. Além desses, dois cadernos de alfabetização em yanomae estão sendo impressos, atualmente, e alunos do programa estão produzindo jornais para cada região. “O ânimo demonstrado pelos Yanomami em relação ao programa é muito gratificante”, declara Marcos Oliveira, coordenador do PEI. Para ele, o segredo do sucesso do programa é o entusiasmo dos Yanomami e a vontade de aprender coisas novas.

O PEI iniciou suas atividades na aldeia Demini, no início de julho de 1995, com o apoio do UNICEF. A partir de 1998, passou a contar com o apoio financeiro das organizações não governamentais norueguesa, Fundação Rainforest/OD

Expansão do programa

Em 1999, o programa também contou com o apoio da Survival International e do MEC - Ministério da Educação. O Earth Love Fund (da Grã-Bretanha) e Unicef também já apoiaram o projeto no passado. Os recursos obtidos pelo PEI são da ordem de U$ 215,000.00 para o ano 2000.”

Yanomami na formação de professores

Dário Vitório Watoriki theri · Daniel Watoriki theri · Keni Okarasipiu their · Aripio Kokoiu their · Sanimao Kokoiu their · Sidinei Kokoiu their · Josias Apiahiki their · Lourenço Piau their · Arnaldo Piau their · Ivan Parawau their · Turiu Parawau theri · Moquinha Parawau their · Romeu uxiximapiu theri · Joãozinho Wanapiu theri · Paulo Weyukuwei theri

Professores do PEI

Clenir Louceiro · Eliane Bastos · Lídia Montanha Castro · Ludian Bentes da Silva · Luis Fernando Pereira · Marcos Oliveira (coordenador) · Simone de Cássia Ribeiro

Consultoria antropológica

Bruce Albert (IRD - ISA)

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


  Para informações adicionais favor enviar

  e-mail para o escritório central da
  Comissão Pró-Yanomami no seguinte
  endereço:
   
  proyanomamibv@proyanomami.org.br
   

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