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Brasília,     


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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 2 - Agosto - 2000
Titulo: Assembléia anual da CCPY redefine prioridades, metas e novos diretores
Fonte: CCPY - Comissão Pró-Yanomami, Boletim 5

A CCPY promoveu sua assembléia anual no dia 1/8, que foi realizada no Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB), durante a qual foram redefinidas as prioridades, estratégias e metas da entidade para o próximo período de um ano. No mesmo encontro, também foram empossados os novos diretores e a nova presidente da entidade, a antropóloga Alcida Ramos, professora da Universiade de Brasília, que tem trabalho entre os Yanomami desde de 1968.

Mais uma vez o Projeto de Educação foi indicado como o carro-chefe da CCPY, devido a sua importância e pelo efeito multiplicador produzido pelos próprios Yanomami alfabetizados. “Esse projeto tem um potencial extraordinário para preparar os Yanomami no enfrentamento das pressões que há décadas se acumulam em torno de seus recursos naturais e que, como vários de nós tivemos a amarga incumbência de acompanhar, podem ter conseqüências devastadoras para o povo Yanomami”, declarou Alcida Ramos em documento apresentado aos sócios da CCPY. “É fundamental aprofundar a eficácia desse projeto, levando-o à sua capacidade máxima, pois o tempo corre contra os Yanomami”, completou.

O Projeto Ambiental de Adensamento Florestal, que tem como objetivo recuperar áreas degradadas pela atividade de garimpo, que vem ocorrendo desde 1987 nas terras Yanomami, foi definido como a segunda prioridade da CCPY. Por se tratar de um projeto inovador, dependerá da contribuição de pessoas e profissionais especializados para ser implementado em bases sólidas. A participação direta dos Yanomami nesse projeto também foi considerada fundamental para o seu sucesso, principalmente, porque melhorará as condições de vida, atendendo às exigências advindas decorrentes do crescimento demográfico, à tendência de sedentarização e à escassez de alguns recursos, já observados e constatados, especialmente na região do Homoxi.

A questão da vigilância territorial foi outro tema importante tratado na assembléia anual. Não cessam as tentativas orquestradas por políticos no Congresso Nacional em prol de seus interesses econômicos e da anulação da demarcação das terras Yanomami. As invasões de vários tipos continuam pressionando o território e colocam em risco os direitos do povo Yanomami em relação à sua posse e aos seus recursos naturais. O grande incêndio de Roraima, que destruiu cerca de 100 km da linha de demarcação na região do Apiaú e as invasões da região do Ajarani são dois exemplos reais que demonstram a necessidade de se ter cuidados e estratégias em termos de vigilância territorial. Durante a visita de cortesia que vários membros da CCPY fizeram ao Presidente da Funai no dia 02/08, foram tomados os 1º passos para a concretização da reaviventação dessa fronteira leste da Terra Indígena Yanomami. Por outro lado, a mineração é uma ameaça constante que exigirá atenção permanente por parte dos Yanomami e da CCPY. Uma assessoria especial deverá ser viabilizada pela entidade para atender a esta questão.

O Projeto de Divulgação e Visibilidade deverá ser ampliado, objetivando a maior participação dos Yanomami na esfera política interétnica e promovendo maior intercâmbio com outras etnias. Aumentar o fluxo de informações sobre a situação atual dos povos indígenas e das reivindicações de seus direitos constitucionais foi definido como essencial para a interação dos Yanomami com os outros povos indígenas. A produção de artesanato, artes gráficas e outras expressões culturais deverão ser estimuladas pela CCPY e poderão significar geração de renda. Nesse caso, assessores da entidade deverão acompanhar cuidadosamente das questões referentes aos direitos intelectuais de obras dos Yanomami na relação econômica com o mercado.

A situação binacional do povo Yanomami também foi discutida e decidiu-se que informações confiáveis sobre o lado venezuelano de suas terras deverão ser apuradas e divulgadas para evitar a artificialidade de dividi-lo em duas nacionalidades. Os problemas que afetam os Yanomami não ficam restritos à linha de fronteira internacional. Para subsidiar a CCPY com informações sobre os Yanomami da Venezuela a Dra Nelly Arvelo-Jiménez, eminente antropóloga daquele país, integrou-se ao quadro de sócios na qualidade de sócio honorário.

Outras decisões da assembléia: comitês setoriais serão implantados para tratar dos temas sobre educação, meio ambiente e propriedade intelectual.

Ampliando o quadro de Diretores para revigorar a CCPY:

“Outra iniciativa da assembléia anual da CCPY foi ampliar o quadro de sócios da entidade, visando a revitalização dos projetos em andamento e a implementação de outros novos, ainda em fase de gestação. “É absolutamente essencial ampliar o quadro de diretores da CCPY com a adesão de profissionais altamente qualificados nas várias áreas de competência, a que se remetem as atividades da entidade”, afirmou a nova presidente no documento já citado. O novo quadro de sócios conta agora com dezesseis pessoas, sendo que seis deles foram empossados durante a reunião em Brasília, a saber:

Maria Jussara Gomes Gruber, coordenadora do Projeto de Educação Ticuna, com longa experiência em educação indígena e renomada promotora da arte Ticuna;

Jô Cardoso de Oliveira, coordenadora geral de Estudos e Pesquisas da Funai, possui grande conhecimento sobre direitos intelectuais e de imagem indígenas e experiência administrativa, tendo trabalhado na FAP-DF e Fórum das Organizações Não-Governamentais, em Brasília;

Ana Valéria de Araújo Leitão, advogada, é membro do ISA-Instituto Socioambiental, dedica-se especialmente à questão dos direitos intelectuais indígenas;

Henyo Trindade Barretto Filho, antropólogo da UnB, dedica sua tese de doutorado à política ambiental no Brasil;

George de Cerqueira Leite Zarur, antropólogo, assessor legislativo da Câmara dos Deputados, já prestou assessoria à CCPY na questão da demarcação, em várias ocasiões e, recentemente, subsidiou o relator e deputado Fernando Gabeira contra o projeto de lei do deputado Bolsonaro, que previa a anulação das terras yanomami;

Aurélio Vírgilio Veiga Rios, procurador da República, acompanhou com dedicação o processo de demarcação das terras yanomami e tem prestado incansáveis serviços à causa indígena.

Os CVs de todos os sócios estão à disposição no escritório da CCPY em Brasília.

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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  e-mail para o escritório central da
  Comissão Pró-Yanomami no seguinte
  endereço:
   
  proyanomamibv@proyanomami.org.br
   

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