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Yanomami na Imprensa
Data: 16 - Dezembro - 2005
Titulo: Governo venezuelano programa formação de agentes de saúde yanomami
Fonte:
CCPY – Comissão Pró-Yanomami, Boletim nº 73
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Governo
venezuelano programa formação de agentes de saúde yanomami
O
Ministério da Saúde e Desenvolvimento Social da Venezuela elabora
um programa para a formação de Auxiliares de Medicina Yanomami
(AMYs), equivalentes aos Agentes Indígenas de Saúde (AISs) que
já atuam no Brasil. Trata-se de uma das primeiras ações
concretas do Plano de Saúde Yanomami (Plan de Salud Yanomami) do governo
venezuelano, após cinco anos de completa inatividade. Criado em 1999
pelo governo venezuelano perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos,
visando promover algum tipo de reparação pela matança de
mulheres e crianças yanomami em 1993 no caso conhecido como o Genocídio
de Hwaximu (ver
Documentos Yanomami 1), o Plano só começou a ser organizado
em janeiro de 2005, com a contratação dos antropólogos
José Antonio Kelly e Javier Carrera Rubio.
Entretanto, apesar de muitas promessas, até hoje nenhum recurso foi destinado
para a realização da assistência e da formação
previstas no Plano. Em 2004, o custo de medicamentos, combustível e funcionários
capacitados era exorbitante, levando a uma redução de 60% nos
atendimentos médicos. A situação se agravou quando o órgão
indigenista venezuelano passou a autorizar o turismo na região yanomami
(ver Boletim Pró-Yanomami 47)
Segundo a proposta do Plano de Saúde Yanomami, no prazo de três
anos serão formados 33 Yanomami das regiões de Ocamo, Platanal,
Mavaca, Mavaquita, Parima, Padamo, Koyowë, Siapa, Hwaximu e Mayo teri.
Devido à própria característica de surgimento do Plano,
serão priorizadas a formação e a assistência aos
Yanomami que vivem mais afastados e que até o momento não receberam
qualquer tipo de atendimento, como é o caso dos residentes nas regiões
de Siapa, Hwaximu e Mayoteri.
O sócio da CCPY, Marcos Wesley de Oliveira, esteve em Puerto Ayacucho
e no território yanomami na Venezuela assessorando a equipe do Plano
na elaboração do programa de formação dos AMYs.
A consultoria foi feita entre 28/09 e 26/10, quando foram visitadas dez aldeias
yanomami localizadas nas regiões de Ocamo, Mavaca, Mavaquita e Platanal.
Essa assessoria teve o apoio financeiro da OEPA (Programa para a Eliminação
da Onconcercose nas Américas).
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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)
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