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A
CCPY promove atualmente mais uma fase do seu curso de intercâmbio lingüístico
e cultural para professores yanomami. O projeto de enviar jovens yanomami às
comunidades Macuxi, com o objetivo de aperfeiçoar seus conhecimentos
em língua portuguesa e aprofundar a compreensão da realidade sócio-política
da questão indígena no estado de Roraima, começou em abril
de 2002, (ver
Boletim CCPY 29).
O intercâmbio, que faz parte do processo de formação para
o magistério indígena da CCPY, surgiu de discussões e demandas
dos próprios professores yanomami que consideraram essa experiência
de imersão como o único método que lhes permitiria desenvolver
fluência na fala em português. Até então, os cursos
restringiam-se à leitura e escrita da língua.
Além de desenvolver o domínio da língua portuguesa, evidente
com a participação cada vez maior dos Yanomami em reuniões
e eventos na cidade, o modelo mostrou-se eficaz pelo progressivo aumento de
participantes nas últimas fases do intercâmbio. Participaram professores
de todas as regiões atendidas pela CCPY (Demini, Toototopi, Parawau,
Homoxi, Alto Catrimani, Paapiu, Kayanau e Homoxi), além dos oriundos
de outras áreas, como Surucucus, Auaris e Baixo Catrimani (ver
Boletim CCPY 42).
No dia 19 de setembro, sete professores Yanomami foram para São Marcos.
Os cinco do Paapiu, e os dois do Kayanau deverão permanecer até
o dia 30 de outubro na área Makuxi, quando irão para Boa Vista
participar do sexto curso de formação de professores Yanomami
promovido pela CCPY.
O intercâmbio é realizado com o apoio da Organização
de Professores Indígenas de Roraima (OPIR), do Conselho Indígena
de Roraima (CIR) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).