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MEIO
AMBIENTE |
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Projeto Agroflorestal Yanomami O PAY – Projeto Agroflorestal Yanomami, coordenado por Ari Weiduschat, é uma iniciativa financiada pelo PP-G7 (Programa Piloto de Proteção das Florestas Tropicais do Brasil), vinculado ao MMA (Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e Amazônia Legal), no sub-programa dos Projetos Demonstrativos. O PAY foi discutido e elaborado como uma resposta para algumas mudanças observadas hoje na área Yanomami, especialmente em relação ao uso e manejo dos recursos naturais em torno das aldeias. Uma mudança importante é a tendência de sedentarização das aldeias em torno dos postos de assistência, afetando as tradicionais migrações para novas terras de cultivo, caça e coleta, com a pressão de uso resultando áreas relativamente extensas de capoeira e diminuindo os locais mais apropriados para roças. A população em crescimento, por outro lado, aponta a necessidade de assegurar alternativas de segurança alimentar para o futuro. Por fim, novas necessidades de bens industrializados foram assimiladas em decorrência do contato, assinalando que devem ser procuradas alternativas de produção e mercado para supri-las. Objetivos Tendo presente este contexto resumido e geral, o objetivo central do PAY é contribuir com os Yanomami na manutenção de sua forma de vida autônoma e do manejo sustentável dos recursos naturais de suas terras tradicionais. Na prática, durante o período de três anos, o PAY visa introduzir e adaptar tecnologias de produção agroflorestal, alvejando:
Metodologia As atividades práticas e a logística do PAY se articulam com a atuação do Projeto de Educação da CCPY e do Projeto de Saúde da Urihi – Yanomami. O PAY atua nos pólos-base de Demini e Toototobi, que têm 1 e 6 aldeias e 110 e 289 habitantes, respectivamente. As atividades foram iniciadas no mês de abril de 2000. Inicialmente foram realizadas buscas de tecnologias relevantes e material genético selecionado em Manaus (INPA e Fazenda Aruanã), Fortaleza (Embrapa Agroindústria Tropical) e em Boa Vista (Embrapa, INPA e viveiros particulares). Foram adquiridas 176 mudas, entre castanheira do Brasil, pupunha, açaí, graviola, goiaba, acerola, cupuaçu e caju. Estas mudas foram transportadas para a área indígena e plantadas em três locais: Posto do Toototobi, Apia hi ki e Watoriki. Decorridos sete meses, as fruteiras estão em franco desenvolvimento. Para a ampliação destes plantios e formação de novos nas outras aldeias, em outubro foram iniciadas as atividades de viveiro para a formação das mudas. O viveiro está localizado na aldeia Apia hi ki e atualmente estão em formação cerca de 800 mudas, sendo 135 de fruta-pão, 64 de biribá, 52 de pupunha, 41 de graviola, 42 de sorvinha, 50 de tucumã, 49 de bacuri, 49 de açaí, 100 de manga, 50 de caju, 50 de abacate, 50 de umari, 30 de caçari e 30 de araçá-boi. Estas mudas serão plantadas no lugar definitivo em meados de abril, quando inicia a estação chuvosa. No próximo verão serão organizados outros viveiros para produzir novas mudas de frutíferas e também de espécies madeireiras, a exemplo de cedro e massaranduba. Paralelamente, o PAY identificou possíveis intercâmbios sobre experiências agroflorestais a serem realizados a partir deste ano. Estão sendo preparadas viagens ao Acre (para conhecer as iniciativas de grupos indígenas ligados à UNI-AC e de seringueiros ligados à APHA, em Xapuri), aos indígenas do Amapá e também uma viagem à região do rio Marauiá, dentro da área Yanomami. As atividades práticas e seus conteúdos teóricos estão sendo compiladas para compor o Manual Agroflorestal Yanomami que será produzido no terceiro ano do Projeto. Para
informações adicionais favor enviar e-mail para o escritório central da
CCPY no seguinte endereço:
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