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Esta seção procura seguir toda a atualidade Yanomami no Brasil e na Venezuela. Apresenta notícias produzidas pela Pró-Yanomami (CCPY) e outras ONGs, bem como notícias de imprensa. Propõe também comentários sobre eventos, publicações, exposições, filmes e websites de interesse no cenário Yanomami nacional e internacional.

Notícias CCPY Urgente

Data: 26 - Maio - 2006
Titulo: Impunidade favorece presença garimpeira na Terra Indígena Yanomami
Fonte: Boletim Pró-Yanomami Nº 78

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Impunidade favorece presença garimpeira na Terra Indígena Yanomami

OParalelamente ao esvaziamento dos postos de saúde, ocasionado pela desestruturação na qualidade dos serviços de atendimento, agravam-se os sinais de presença ilegal de garimpeiros em Terra Indígena Yanomami. Chega a 14 o número de garimpeiros retirados da área pela Polícia Federal em menos de um mês Denunciados pela Fundação Nacional do Índio (Funai), foram localizados e removidos da terra indígena em ação conjunta com a Polícia Federal. No dia 22 de abril quatro deles foram localizados próximos ao Arathau, pólo-base próximo ao do Surucucu, onde funciona um batalhão do exército brasileiro. Seis dias depois, outros três foram encontrados e levados a Boa Vista (RR), onde foram liberados após depoimentos.

Durante o início do mês de maio, mais sete foram retirados da região do Catrimani, município de Alto Alegre (RR), sendo que dois deles apresentavam ferimentos causados por balas. De acordo com declarações do coordenador substituto da Funai, José Raimundo Batista, pelo menos este último grupo já se encontrava há bastante tempo atuando na terra indígena e se dirigiu aos postos em busca de cuidados médicos.

Tais fatos corroboram as constantes denúncias feitas pelos Yanomami que alertam há tempos sobre o crescimento e intensificação das atividades ilegais de garimpo em terra indígena (Ver Boletins 34, 43, 45, 47, 63, 65, 72 e 73). Segundo José Raimundo Batista, a situação é fruto direto de um sentimento de impunidade que vigora entre os garimpeiros: “Eu avalio esta situação devido a um sentimento de impunidade por parte da Justiça. A gente efetua a retirada, traz eles, entrega na Justiça. Aí a Justiça não pega eles, eles não têm um produto que caracteriza a garimpagem dentro da terra indígena, como alegado na Justiça, aí eles simplesmente prestam depoimento na Polícia Federal e são liberados novamente. E posteriormente, diante da impunidade, eles retornam a praticar a garimpagem ilegal”.

Apesar de não contar com números exatos no momento, a Funai estima entre 700 e 800 o número de garimpeiros em terras indígenas no estado de Roraima, sendo que grande parte se encontra no território yanomami, principalmente nos sub-pólos de Arathau, Catrimani, Xitei e Parafuri. Essas regiões são algumas das mais invadidas por garimpeiros na Terra Indígena Yanomami. Em Arathau funcionários da Fundação Universidade de Brasília (FUB) chegaram a ser ameaçados, impossibilitando o trabalho de saúde e causando o fechamento temporário do posto de atendimento (Ver Boletins 72 e 73).

Quando não ocorre atrasos no repasse de recursos do Governo Federal para operações de retirada de garimpeiros estas se vêm prejudicadas por estratégias inadaptadas. Assim, no final de 2005, a Polícia Federal sobrevoou a Terra Indígena limitando-se a lançar panfletos na floresta para informar os garimpeiros da ilegalidade da sua presença na terra indígena. O maior resultado obtido foi que os infratores, prevenidos, se esconderam melhor na floresta e ficaram mais cautelosos, dificultando ainda mais ações efetivas futuras de desintrusão por parte dos órgãos federais (Ver Yanomami na Imprensa – 19/12/2005 - Aumenta presença de garimpeiros na terra indígena Yanomami, alerta coordenador de ONG).

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Coordenação Editorial: Bruce Albert (Assessor Antropológico CCPY) e Luis Fernando Pereira (Jornalista CCPY)


 

 

 


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